Porque razão me associo a um blogue de apoio a um candidato presidencial de um país que não é o meu, numa eleição na qual não poderei votar? Será, como insinua Henrique Raposo, por qualquer sentimento de internacionalismo proletário-liberal, que Ron Paul eventualmente corporize? Talvez, quem sabe. O internacionalismo sempre me foi simpático e os movimentos transnacionais de massas não me desagradam, sobretudo se aquele for gastronómico e estas italianas. O que, quando consumidas na excelente companhia dos meus excelentes parceiros de blogue, não deixa de ser uma irrecusável proposta.
Posto isto, gostaria de dizer ainda mais o seguinte: a dimensão de Ron Paul está, para mim, precisamente no debate das ideias que tanto entusiasma o Henrique Raposo. Debater o poder americano e o futuro da América, não é certamente o que está em causa: o homem não tem hipótese de chegar lá e, por isso, são um tanto ou quanto desmesuradas as preocupações com as eventuais implicações do seu isolacionismo (que não é, note-se, nem apenas seu, nem, por ser também seu, deixa de corresponder a uma importante tradição política americana bem viva em muitos sectores do Partido Republicano e, até do Partido Democrático). O que importa na um pouco excessivamente proclamada «Ron Paul Revolution», são as ideias do candidato sobre o Estado, o Governo, a Sociedade e o Indivíduo. Por mim, fico entusiasmado com o facto de um político profissional defender a limitação do poder político e o reforço da soberania individual, contra os excessos do estatismo e da governamentalização totalitarizante das nossas democracias. No fim de contas, o que Paul propõe é que se renegoceie o contrato social estabelecido entre os cidadãos americanos e os seus governantes, com uma modificação substantiva do clausulado em favor dos primeiros. A esse propósito, ele enuncia situações e medidas concretas. Algumas delas podem ser inexequíveis na América dos dias de hoje? Talvez, quem sabe? Mas, para isso, há que refutá-las com outras ideias, nem que seja dizer apenas que se prefere o status quo.
É este género de debate, ainda que aqui ou ali nos possa parecer excessivo, que alguma América está a fazer, graças à intervenção de Ron Paul. E que, em Portugal, ninguém faz, a começar pela direita e pelo próprio Henrique Raposo.
Posto isto, gostaria de dizer ainda mais o seguinte: a dimensão de Ron Paul está, para mim, precisamente no debate das ideias que tanto entusiasma o Henrique Raposo. Debater o poder americano e o futuro da América, não é certamente o que está em causa: o homem não tem hipótese de chegar lá e, por isso, são um tanto ou quanto desmesuradas as preocupações com as eventuais implicações do seu isolacionismo (que não é, note-se, nem apenas seu, nem, por ser também seu, deixa de corresponder a uma importante tradição política americana bem viva em muitos sectores do Partido Republicano e, até do Partido Democrático). O que importa na um pouco excessivamente proclamada «Ron Paul Revolution», são as ideias do candidato sobre o Estado, o Governo, a Sociedade e o Indivíduo. Por mim, fico entusiasmado com o facto de um político profissional defender a limitação do poder político e o reforço da soberania individual, contra os excessos do estatismo e da governamentalização totalitarizante das nossas democracias. No fim de contas, o que Paul propõe é que se renegoceie o contrato social estabelecido entre os cidadãos americanos e os seus governantes, com uma modificação substantiva do clausulado em favor dos primeiros. A esse propósito, ele enuncia situações e medidas concretas. Algumas delas podem ser inexequíveis na América dos dias de hoje? Talvez, quem sabe? Mas, para isso, há que refutá-las com outras ideias, nem que seja dizer apenas que se prefere o status quo.
É este género de debate, ainda que aqui ou ali nos possa parecer excessivo, que alguma América está a fazer, graças à intervenção de Ron Paul. E que, em Portugal, ninguém faz, a começar pela direita e pelo próprio Henrique Raposo.
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