Thursday, October 18, 2007

Tal como o fez com (o seu amigo) Reagan

Mr. PAUL: "Mr. Speaker, with great sadness I must rise to oppose this measure granting a congressional gold medal to the 14th Dalai Lama. While I greatly admire and respect His Holiness the Dalai Lama, and fully recognize his tremendous status both as a Buddhist leader and international advocate for peace, I must object to the manner in which this body chooses to honor him.

I wonder if my colleagues see the irony in honoring a devout Buddhist monk with a material gift of gold. The Buddhist tradition, of course, eschews worldly possessions in favor of purity of thought and action. Buddhism urges its practitioners to alleviate the suffering of others whenever possible. I’m sure His Holiness the Dalai Lama would rather see $30,000 spent to help those less fortunate, rather than for a feel-good congressional gesture.


We cannot forget that Congress has no authority under the Constitution to spend taxpayer money on medals and awards, no matter how richly deserved. And I reiterate my offer of $100 from my own pocket to pay for this medal–if members wish to honor the Dalai Lama, all we need to do is pay for it ourselves. If all 435 of us contribute, the cost will be roughly $70 each. So while a gold medal sounds like a great idea, it becomes a bit strange when we see the actual cost involved."


PS: A verdade é que desta forma resultaria mais numa homenagem pessoal do que uma de Estado, delicada por vários motivos (embora isso não seja o que está em causa na objecção formal de Ron Paul). Outro comentário que se impõe é que devemos desconfiar de homenagens a pacifistas por muitos que não terão mais do que desprezo pela ideia de pacifismo. Pelo contrário, pelo menos para alguns, esta foi uma oportunidade de tomar uma atitude proto-beligerante contra a China (recordar a retórica por parte da clique neo-con antes do 11/9, quando foi textualmente afirmado coisas como : "mais vale guerra mais cedo do que mais tarde" a propósito do incidente com um avião espião).

O meu comentário anterior sobre este acto não se deve a qualquer oposição de princípio contra a ideia de secessão em geral, contra o caso Tibetano em particular e ainda menos (ao contrário de alguns "apoiantes") contra a ideia de um estado teocrático-budista. Deve-se sim à constatação realista das relações entre Estados e como são delicados e autênticas caixas de pandora as questões independentistas (ou quaisquer outro tipo de disputa sterritoriais).

Saibamos cuidar dos nossos independentismos e apelar (com autoridade moral) à boa resolução da dos outros. Já Estados a tomarem parte formal nas disputas dos outros.... podemos imaginar Putin a apoiar os ainda existentes movimentos independentistas sulistas nos EUA? Os chineses a receberem um qualquer lider (ainda que um totalmente por soluções pacíficas) Basco? E os Kurdos? Todos sabem a grande injustiça cometida com os Kurdos, esquecidos em mapas de Estados desenhados de forma cega e irresponsável. O PKK é considerado uma organização terrorista. Tal como os Irlandeses antes de conquistarem a independência. Em disputas territoriais o satus moral é decidido pelos resultados. O vencedor parece que tende a assumir mágicamente a respeitabilidade de Estado. Se alguma coisa acontecesse à Turquia em que esta se desintegraria como Estado e o PKK assumisse a construição de um Estado Kurdo incluindo a parte Turca, logo, logo, esse estatuto "terrorista" era esquecido pela "comunidade internacional".

Conclusão: Apoiar causas? sim, cada um fará o seu julgamento. Em nome do Estado? Nada prudente. Por definição quando um Estado põe em causa (mesmo que simbólicamente) um dado Status Quo (todo e qualquer dominio geográfico de soberania de um Estado é um mero Status Quo) esse mero acto constitui objectivamente um acto de agressão de um Estado para outro. É muito diferente de ser de um grupo de indivíduos para um Estado. Se gostamos de Paz devemos tentar cumprir regras de comportamento que tendam a limitar os conflitos e disputas às partes envolvidas. Em última análise, a relação de uma dada comunidade ou até do todo de uma população com o seu Estado dominante é um problema que esta própria tem a responsabilidade de resolver. Regras absolutas não existem, mas princípios gerais sim.

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