Nesse sentido, aqui na Europa, a vitória do partido UDC nas legislativas suiças de hoje é uma vitória da liberdade (ao contrário do que dizem os media europeus, e em particular os portugueses).
A UDC não é de extrema-direita. Isso é um mito veiculado em grande parte pelos media suiços (de língua francesa sobretudo) e simpatizantes da UE e das suas ideias centralistas.
No seu programa tem propostas liberais, desconfiando de construtivismos europeistas. Gosta da tradição suiça, defende a neutralidade, o livre comércio, impostos baixos, reformas à Seg.Social e a descentralização fiscal/política/administrativa. É a favor da redução das despesas do Estado e pretende combater a subsidiodependência que tem crescido nas últimas décadas.
Contesta a entrada da Suiça na NATO, a ajuda humanitária em regiões como o Kosovo, a entrada na UE e, isolados, lutaram contra a entrada na ONU.
Propõe o alargamento das competências dos cantões e não desiste da democracia directa. É contra as naturalizações automáticas e contra o descontrolo das políticas de asilo.
Mais: não é um partido xenófobo (pelo menos a maioria dos seus militantes não o são). A Suiça tem uma grande tradição de país de asilo e os suiços são em regra pessoas tolerantes. A UDC quer, sim, que o Estado, que tudo acolhe e tudo desperdiça, deixe de ser tão generoso com refugiados, ilegais e imigrantes que em vez de trabalhar preferem assaltar relojoarias ou fazer fraude à segurança social. Isso é positivo.
Foi, portanto, uma vitória do liberalismo e a segurança de que o bastião das liberdades na Europa se manterá como tal durante mais algum tempo.
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