Sunday, September 30, 2007

run Ron, run

Este Ron Paul é um tipo divertido, bem disposto, que aplaude os apupos a si mesmo, estilo run Forrest, run. Anda com Jefferson debaixo do braço, como se a República fosse aquela frágil confederação do XVIII e ao mesmo tempo a maior potência da história. O equilíbrio e a defesa dos interesses dos americanos que advoga, provocados por uma noção liberal e objectiva da realidade, que me dá o chiken skin (gritinho paneleiro), seria o melhor que poderia acontecer à América (o meu último reduto) e, por isso, a mim. A forma como este Ron Paul fala assusta qualquer medroso (não, não, o "r" é mesmo ali entre o "d" e o "o"). É um reaccionário. O homem pensa, não vive da quadratura do círculo social-democrata. É daqueles americanos que dá vontade de convidar para almoçar uma caldeirada de peixe ou um maigret rossini e ficar no sofá lá de casa depois de meia dúzia de conhaques a acompanhar o pão-de-ló.

E acaba por ser giro, vá, curioso. Este americano prova que há americanos que percebem que o resto do Mundo não vale a palha que come. O que é giro, divertido até. É como os conservadores em Portugal (socialistas avulsos, comunistas e afins). Não percebem, nem nunca o farão, que um homem é um homem, é um homem. Qualquer que seja a perspectiva, Ron Paul é um profundo reaccionário; quer que a América seja o que é, saltando fora do lodo que o resto do Mundo partilha. Representa o melhor da América: o desejo de viver na city upon the hill. Pois: estão-se é nas tintas para o hóquei em patins e preferem jogar seja lá o que for com seja lá com quem o quiser fazer. Quem não quiser não sabe o que perde.

Por isso meus caros, up yours. Dos perus, só o foie gras. Fresco.

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